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domingo, 20 de outubro de 2019

De Rerum Natura - XI - Fotografia: Paula Santo António; Texto: Rui Carvalho


Não é possível sabermos como a vida eclodiu, mas é provável que no início de tudo tenha havido uma mistura entre um lugar mais perto e um outro lugar mais longe. Talvez o lugar mais perto aconteça no epicentro de um coração e o lugar mais longe ande sempre em deriva. 
Ao olharmos para muito longe sentimos uma energia em crescendo. Quando a energia cresce rondamos o acontecer das coisas. É no interior dessa energia que ocorremos como forças. 
Tudo se trata de colisões, da repetição de vários choques em cadeia. Na colisão entre duas ou mais forças há sempre duas possibilidades que se geram: o encontro e o desencontro.  
O humano. 
Somos qualquer coisa entre a atracção e a repleção, uma quase infinda série de espaços vazios que se completam. Ou não.
De qualquer modo, talvez as cores possam voar. Talvez no decurso do voo possam as cores trazer um lugar até um outro. Talvez após dois lugares se haverem reconhecido haja sempre um novo mundo a ocorrer. 
Fotografia: Paula Santo António
Texto: Rui Carvalho

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