Ausente para somas e subtracções, retrocedo a um tempo ímpar.
Música, apenas música, os seus múltiplos ângulos e arestas.
E.
Deus, na proporção inversa do cansaço.
Quanto mais cansados mais perto estamos da falência, do soçobro dos orgãos vitais.
Há uma estrada ligando os continentes e o medo sufocando a minha voz.
A ordem das coisas é o caos, não o conhecimento. Estamos em situação, somos seres sitiados; nada do que verdadeiramente importa pode ser-nos explicado ou demonstrado.
A ironia, o dissipar da ilusão.
O sentido do ser é ser mostrado.
O sentido do ser é ser mostrado.
Música, apenas música, os seus múltiplos ângulos e arestas.
E.
Deus, na proporção inversa do cansaço.
Fotografia: Sónia Nobre
Texto: Rui Carvalho