Construímos labirintos para neles nos prendermos. Julgamos sentir-nos mais seguros desse modo. Com a vontade aferroada pelos dias tornamo-nos idênticos às paisagens. Excepto quando o fogo arde. A identidade das chamas é um lugar quase impossível.
Conheço de cor toda esta estória. Desde Dédalo e Ícaro que sonho este lugar: duas asas de cera e uma trajectória até ao sol. Os dias correm de soslaio enquanto avanço no teu riso.
Sigo guiado pelo espanto, todas as cores exaladas no teu cheiro.
Adquiro-me na fragilidade da espera.
Aqui aguardo o brilho dos teus olhos, a luz escorrendo até meu peito.
Fotografia: Paula Santo António
Texto: Rui Carvalho
Fotografia: Paula Santo António
Texto: Rui Carvalho
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